As lendas são relatos fantásticos de tradição oral, sobre seres que encarnam as forças da natureza; as lendas (ou mitos) são uma maneira de organizarmos os pensamentos e entendermos a complexidade da natureza humana.
Amantikir (mohn-thy-kyiri), de origem tupi, quer dizer amana (chuva) + tykyra (gota), conta a história de uma indígena apaixonada pelo Sol, que retribuiu à tamanha beleza ficando sempre no céu e ocasionando incêndios e mortes.
Foto do livro Amantikir, A Serra Que Chora (Foto: ©Ricardo Martins/Divulgação)
Tupã, deus do Trovão, entidade suprema, prendeu a jovem numa grande montanha, impedindo que ela visse e fosse vista pelo Kûara (o Sol). Ela chorou lágrimas que se converteram no manancial aquífero da região (minas d’água, olhos-d’água, nascentes).
Pretendendo descansar longe do barulho carnavalesco, fui com uma amiga para São Bento do Sapucaí. Já conhecia outras cidades (Campos do Jordão, Monteiro Lobato, Santo Antônio do Pinhal), mas ficamos encantadas com a simplicidade e acolhimento de São Bento.
Foram dias de contemplação da natureza, as cores do céu que cobre a montanha, os verdes todos, os azuis e seus matizes.
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São Bento tem uma rede hoteleira que cabe em qualquer bolso. Pessoas gentis, que conversam, contam histórias. No carnaval, pudemos assistir ao Bloco Do Padre Ronaldo, com homenagem a Artur Bispo do Rosário e um alerta à saúde mental.
Cafés, pizzas artesanais, vinícolas, cervejarias, museus, galerias, teatro, escaladas, trilhas, cavalgadas, cachoeiras; e muitas árvores e flores.
Muitas vezes, duvidamos do verde da nossa grama e precisamos nos deparar com uma árvore da sapucaia. Você já viu alguma? Ela vai do verde-couve, passa pelo verde-limão, clareia para o rosa-bebê e continua para o quase-vermelho. Uma explosão de sentidos. Uma das maravilhas naturais, que contemplamos maravilhadas, entre tantas outras. Se não conhece, dê um Google.
E falando em árvores e flores, não posso deixar de indicar o maravilhoso livro de Dinah Silveira de Queiroz (prima, por casamento, de Raquel de Queiroz) Floradas na Serra, publicado em 1939, seguido de A Muralha, em 1954 (ambos adaptados para as telonas e telinhas). Vale a pena conhecer a escrita da excelente romancista, membro da Academia Brasileira de Letras.
As montanhas azuis choram de amor. Retribuir o amor é necessário.
(Foto: @suzanaduclos)
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