Mudanças climáticas não são apenas um desafio ambiental, elas representam uma ameaça econômica e social global, com impactos tangíveis no Brasil e no mundo. Um recente relatório da Controladoria-Geral da União (CGU) lança luz sobre as fragilidades do Brasil no enfrentamento dessa crise.
Apesar de um governo que baseou sua campanha em pautas ambientais, a execução tem ficado aquém das promessas, demandando maior pressão pública e mundial para ações concretas e urgentes.
(Créditos: Reprodução)
De acordo com o Relatório Integrado de Mudanças Climáticas da CGU, o Brasil enfrenta desafios críticos, como o aumento da temperatura média, secas prolongadas e enchentes catastróficas. Esses eventos têm afetado diretamente a economia, com prejuízos estimados em R$ 338 bilhões apenas em 2022 devido a desastres naturais, segundo dados da Confederação Nacional da Indústria (CNI).
Globalmente, a situação é igualmente alarmante. O Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) destaca que as temperaturas globais aumentaram 1,1°C desde o período pré-industrial, e a meta de limitar esse aumento a 1,5°C está cada vez mais distante. Países como Alemanha e Estados Unidos já enfrentam desafios sérios, com enchentes e incêndios devastadores.
Enquanto isso, o Brasil, responsável por cerca de 3% das emissões globais de CO2, destaca-se negativamente pelo desmatamento na Amazônia, que cresceu 22% em 2023. Além de prejudicar a biodiversidade, isso impacta diretamente o regime de chuvas, essencial para a agricultura e geração de energia hidrelétrica.
Entre no grupo de notícias do portal spriomais: receba conteúdos em primeira mão no seu Whatsapp
A governança pública tem papel essencial na mitigação dos efeitos climáticos e na construção de políticas mais resilientes. No entanto, a falta de transparência é um entrave no Brasil. O relatório da CGU aponta a necessidade de maior clareza nos orçamentos destinados a ações climáticas.
Dados da Transparência Internacional mostram que apenas 42% dos recursos orçamentários voltados ao meio ambiente foram efetivamente utilizados no último ano.
O ESG (Ambiental, Social e Governança) pode ser uma ferramenta poderosa para mudar esse cenário. No âmbito da governança pública, a adoção de práticas de ESG fortalece a transparência, melhora a gestão de recursos e aumenta a eficiência dos serviços.
Exemplos como o programa Green New Deal nos EUA mostram como políticas integradas podem alinhar economia e meio ambiente, criando empregos verdes enquanto reduzem emissões.
As consequências da inação são devastadoras. A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que, entre 2030 e 2050, as mudanças climáticas causarão 250 mil mortes adicionais por ano globalmente, devido a desnutrição, malária, diarreia e estresse térmico.
No Brasil, o impacto já é sentido no aumento da pobreza e desigualdade, com comunidades vulneráveis sendo as mais afetadas por desastres naturais.
Economicamente, o Banco Mundial calcula que os países emergentes podem perder até 4% de seu PIB anual até 2050 devido a eventos climáticos extremos. O Brasil, com sua dependência de commodities agrícolas, é especialmente vulnerável.
A estiagem prolongada no Centro-Oeste em 2022, por exemplo, reduziu a produção de soja em 10%, prejudicando tanto o mercado interno quanto as exportações.
A implementação de práticas ESG é fundamental para mitigar esses impactos. Empresas que adotam estratégias sustentáveis estão liderando essa transformação. Por exemplo:
• Ambiental: A Embraer anunciou a meta de ser neutra em carbono até 2040, investindo em combustíveis sustentáveis e tecnologia limpa.
• Social: O projeto “Águas do Rio” em comunidades cariocas vem melhorando o saneamento básico e a qualidade de vida, com impacto direto na saúde pública.
• Governança: Países como Dinamarca adotaram modelos de transparência em políticas climáticas, envolvendo a sociedade no monitoramento de metas ambientais.
Esses exemplos mostram que a adoção de práticas ESG não é apenas desejável, mas essencial para garantir um futuro sustentável e resiliente.
Não se trata de mitigar os impactos ambientais, mas de construir um modelo de desenvolvimento que priorize a eficiência social, a proteção ambiental e o bem-estar coletivo. Cada decisão que tomamos agora seja individual ou coletiva moldará o mundo que deixaremos para as próximas gerações.
Acompanhe também:
Quer ficar atualizado sobre as notícias da região?
Entre no nosso grupo do WhatsApp!
O São José Esporte Clube perdeu para o Santo André, na noite de quarta (12) e agora está a três …
2 dias atrásA Prefeitura de São Sebastião anunciou a primeira edição do tradicional luau na praia de Boiçucanga, na Costa Sul. O …
2 dias atrásAnderson Senna (PL), vereador de São José dos Campos, afirma que uma manifestação contra o presidente Lula (PT) será realizada …
2 dias atrásA Prefeitura de Jacareí está com inscrições para 120 vagas de estágio em pedagogia, com atuação em escolas municipais.
O valor …
A Prefeitura de Taubaté determinou nesta terça-feira (11) o afastamento de um médico da UBS Jardim Mourisco, após denúncia de …
3 dias atrásA Prefeitura de São José dos Campos confirmou, nesta terça-feira (11), a primeira morte por dengue na cidade em 2025.
A vítima estava internada desde 8 …
Um casal foi barrado pela Justiça de retirar árvores da Mata Atlântica de um terreno para construção de uma casa …
3 dias atrásO São José Esporte Clube anunciou a contratação de João Ramos, zagueiro de 21 anos, para reforçar o setor defensivo …
3 dias atrásUm turista e dois funcionários de um quiosque na Praia do Tenório em Ubatuba, se envolveram em uma briga no …
3 dias atrásA passarela no km 153 da Via Dutra, próxima à Johnson & Johnson de São José dos Campos, terá rampas …
4 dias atrás