Personalizando a aprendizagem e gerando engajamento do estudante

Na era digital, a sistematização e o registro das evidências de aprendizagem são pilares fundamentais que sustentam o edifício do conhecimento.

Desde que se tem registro, a avaliação é considerada o instrumento para aferir o conhecimento de um aluno sobre determinado tema ou conceito. No entanto, a avaliação educacional deveria ser muito mais que isso; deveria ser o processo de verificar se os objetivos de aprendizagem foram realmente atingidos. Para isso, é essencial reunir um conjunto de evidências de aprendizagem que reflita o percurso formativo do aluno.

Muito se fala hoje, em personalização da aprendizagem. Imagine uma sala de aula com 35 estudantes. Cada um com habilidades e competências diferentes uns dos outros, então, como podemos pensar que todos aprendem da mesma maneira? Como podemos querer avaliar todos da mesma forma? Injusto.

Tecnologia pode auxiliar na aprendizagem do estudante (Créditos: Pexels)

Assim a tendência educacional, com os recursos que temos hoje e toda tecnologia a nossa disposição é personalizar a aprendizagem e dessa forma, engajar os estudantes.

Não nos faltam técnicas, metodologias e tecnologia educacionais e messe mundo digital que hoje vivemos, essas ferramentas dão suporte a esse processo e ajudam a registrar as evidências de aprendizagem do estudante.

Essas evidências, que vão dos primeiros rabiscos até análises acadêmicas avançadas, englobam uma vasta gama de manifestações do progresso cognitivo. Neste contexto, os elementos de verificação da aprendizagem deixam de ser apenas as provas e as “notas” e tornam-se um conjunto de produções do aluno ao longo de seu percurso formativo, sejam podcasts, redações, listas, resenhas, apresentações, projetos, entre muitos outros.

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Na era digital, a sistematização e o registro das evidências de aprendizagem são pilares fundamentais que sustentam o edifício do conhecimento. As evidências de aprendizagem representam as provas tangíveis do que os alunos aprenderam e compreenderam ao longo de seu percurso educacional.

Para facilitar a coleta dessas evidências, uma série de ferramentas digitais pode ser integrada ao processo de ensino, potencializando o engajamento e a documentação das aprendizagens dos alunos. Compartilho aqui alguns exemplos:

1. Mapas Mentais e Quadros Visuais Interativos: Ferramentas como o MindMeister e o Miro permitem que os alunos criem mapas mentais colaborativos ou quadros visuais onde podem organizar e estruturar suas ideias, explorar temas de forma criativa e visualizar a relação entre conceitos. Essas produções são ótimas evidências de como os alunos compreendem e conectam os conteúdos estudados;
2. Projetos de Programação e Desenvolvimento de Jogos: Plataformas como Scratch e o Tynker incentivam os alunos a desenvolver habilidades de programação e resolução de problemas. Eles podem criar desde histórias interativas até jogos, que demonstram seu entendimento lógico e criativo. Cada projeto final é uma evidência concreta das competências desenvolvidas.
3. Blogues e Portfólios Digitais: Utilizar ferramentas como WordPress ou Google Sites permite que os alunos construam blogues ou portfólios onde podem registrar e refletir sobre suas aprendizagens ao longo do curso. Essa atividade favorece o desenvolvimento de habilidades de escrita, análise e autocrítica, e cada postagem serve como uma evidência contínua de progresso.
4. Produção de Vídeos e Podcasts: Ferramentas de edição de áudio e vídeo, como WeVideo, ou Canva (para apresentações de vídeo), permitem que os alunos expressem o que aprenderam de diferentes formas. Essas atividades incentivam a síntese e a comunicação, resultando em evidências criativas e autênticas do aprendizado.
5. Questionários e Pesquisas: Utilizar ferramentas como Google Forms ou Kahoot! ajudam a testar a compreensão dos alunos e coletar respostas de forma rápida e interativa. Esses questionários e quizzes não só mostram o nível de entendimento, mas também fornecem feedback imediato sobre áreas que necessitam de reforço.
6. Projetos Colaborativos em Documentos Compartilhados: Com o Google Workspace (Docs, Slides, Sheets), alunos podem trabalhar juntos em documentos em tempo real. Esse tipo de colaboração permite ver o progresso individual e do grupo, criando uma trilha de atividades que refletem as interações, contribuições e desenvolvimento do pensamento coletivo.
7. Diários de Aprendizagem e Reflexão: Usar ferramentas como o Padlet ou até mesmo o Microsoft OneNote para diários de aprendizagem permite que os alunos registrem regularmente o que aprenderam, desafios enfrentados e como resolveram problemas. Esses registros são uma excelente forma de documentar o desenvolvimento de habilidades ao longo do tempo.

Quando o professor se propõe trabalhar com ferramentas digitais e atividades como essas, não só promovem o engajamento dos alunos, mas também ajudam a criar um repertório robusto de evidências de aprendizagem que documentam seu desenvolvimento.

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Temos assim atividades que trazem evidências individualizadas de cada estudante e conectadas as habilidades individuais.

Minha opinião: Precisamos evoluir no processo de ensinar. Precisamos querer mudar e fazer uso de novas metodologias e tecnologias que temos a nossa disposição. É essencial termos professores que sejam fluentes digitais e protagonizem um novo modelo de ensinar.

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