Semana do Consumidor: especialista de SJC dá 5 dicas para comprar um terreno em 2023

Diante do aquecimento da construção civil na cidade, Jorge Metello disse que a semana é importante para refletir sobre as práticas do mercado

Com o objetivo de aquecer o departamento comercial das marcas por meio de ações para os consumidores, o Dia do Consumidor foi comemorado ontem (15). Entretanto, diversas empresas tem realizado ações durante alguns dias sob o nome de Semana do Consumidor.

A data é também um dia importante para refletir sobre as práticas do mercado. Diante do aquecimento da construção civil em São José dos Campos nos últimos anos, o especialista em mercado imobiliário Jorge Metello enviou ao Portal SP RIO+ cinco dicas úteis para quem deseja investir em um terreno ainda em 2023. 

Segundo o especialista da incorporadora e loteadora Vece Urbanismo, localizada na cidade, é necessário ficar atento às informações que possam ajudar os consumidores a comprarem com mais consciência.

Jorge Metello, especialista de São José dos Campos – Foto: Reprodução/Redes sociais

Veja as dicas do especialista Jorge Metello

Estudar o contrato

Em primeiro lugar, Jorge apontou que um dos principais erros do consumidor é não dedicar um tempo para entender o contrato e os termos que regem a compra do terreno. Segundo ele, não é recomendado deixar para estudar o documento apenas depois que as obrigações começam a surgir.

Isso se deve porque uma vez que o compromisso já está firmado, não é mais possível discordar de uma cláusula, tampouco conseguir negociar.

Pensar a longo prazo 

Em segundo lugar, Jorge pontuou não pensar na sua organização financeira a longo prazo.

Segundo ele, na maioria das vezes, um lote é comprado a partir de um financiamento longo, de muitos anos. Por isso, é necessário refletir sobre como alocar as parcelas do imóvel.

Também é preciso refletir sobre outras obrigações, como IPTU e Taxa Associativa (quando for loteamento fechado) no fluxo do orçamento familiar, caso aconteça algum imprevisto lá na frente. Alguns exemplos é a perda do emprego e a inflação.

Registrar o contrato no Registro de Imóveis 

O especialista Jorge Metello também alertou para a importância do registro do documento no Registro de Imóveis. Conforme ele explicou, se deixar de fazer isso, legalmente o lote continua sendo da loteadora.

Como exemplo, ele citou um episódio de falência: o imóvel pode ser confundido com o patrimônio da loteadora e assim ser usado garantia para dívidas, fazendo com que o comprador fique com o seu bem em risco, mesmo que já tenha quitado todos os pagamentos do contrato. 

Analisar o histórico da loteadora

Para o especialista da Vece Urbanismo, analisar o histórico da loteadora antes de fechar negócio é essencial. Assim, o consumidor deve se preocupar tanto com o histórico da loteadora quanto do empreendimento que está sendo vendido.

É importante avaliar a saúde financeira das empresas envolvidas para saber se elas têm porte financeiro para a finalização e entrega da obra.

A orientação de Jorge Metello é buscar saber sobre a qualidade de outros empreendimentos já entregues pela mesma empresa e se informar sobre a regularidade do empreendimento de interesse.

Consultar a matrícula mãe e o processo no cartório de registro de imóveis é um dos caminhos, segundo Jorge.

Pensar nos custos da obra

Por fim, Jorge Metello explicou que ao comprar o terreno, grande parte das vezes o consumidor está pensando em construir posteriormente. Por isso, é importante pensar na organização financeira para esse segundo momento também.

Por exemplo, a Caixa Econômica Federal conta com produtos financeiros que auxiliam o consumidor em toda a jornada. Esse auxílio pode ser utilizado no pagamento do terreno e na construção sobre ele.

Em nota, Jorge ainda afirmou que o momento atual do mercado de compra de imóveis está em fase de expansão favorável ao consumidor.

Segundo ele, “a dica de ouro em 2023 – e em qualquer outro ano – é consultar um advogado, um engenheiro ou um arquiteto para garantir que esteja fazendo um bom negócio, com segurança técnica e jurídica”.

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