Os bairros mais afastados da região central de São José dos Campos devem passar por um “boom” nos próximos anos. A previsão é da presidente da Aconvap, Maria Rita Singulano. Em entrevista ao Portal SP RIO+, ela disse que a zona leste é a que mais cresce atualmente no município.
A entrevista na íntegra está disponível no Spotify, no YouTube e ao final desta matéria.
Segundo a engenheira civil, esse desenvolvimento intenso na construção civil da cidade acontecerá cerca de 3 anos atrasado em relação à capital paulista. Como justificativa, ela citou a Lei de Zoneamento, que não era atrativa aos empreendedores há alguns anos.
Maria Rita Singulano durante entrevista – Foto: Matheus Andrade/Portal SP RIO+
“Em 2010 nós tivemos uma Lei de Zoneamento muito ruim, que estringia a cidade. Na maioria dos lugares em São José você não podia verticalizar. Você podia fazer só 8 andares, em outros lugares nem isso. A cidade foi se espraiando e as construtoras da região não conseguiram mais construir”.
Entretanto, a especialista garantiu que a situação hoje é outra, devido às mudanças na legislação municipal.
Aprovada em outubro de 2019 na gestão do ex-prefeito Felicio Ramuth, na época no PSDB, a nova Lei de Zoneamento estabeleceu as normas aplicáveis ao parcelamento, uso e ocupação do solo, em consonância com o Plano Diretor (Consulte aqui).
“Nos últimos anos, São José fez várias leis que facilitaram muito a construção civil. Hoje temos uma legislação muito moderna, no sentido de que todas as cidades que querem se desenvolver querem uma legislação que você já tenha uma infraestrutura”.
Como exemplo, ela citou as atualizações no Plano Diretor e no Código de Obras da cidade.
Durante entrevista ao Portal SP RIO+, Maria Rita Singulano disse que a região leste é a que mais cresce em São José dos Campos, especificamente os bairros Putim e Campos de São José.
Segundo ela, junto aos trabalhos dos empreendedores e das construções, esse crescimento da região leste poderá gerar, inclusive, novos acessos viários na cidade.
“Com os loteamentos encostados uns nos outros, daqui 8 ou 9 anos você vai poder sair do Novo Horizonte, em uma avenida largona, passar pelo Campos de São José, subir, passar pelo Putim e chegar na Tamoios. Grandes avenidas, todas feitas pelos empreendedores. Um loteamento vai fazendo, o outro vai fazendo. Os empreendedores ajudam muito a construir o viário de São José”, pontuou.
Via Cambuí, na região leste da cidade – Foto: Reprodução/PMSJC
Segundo a especialista, o Urbanova, na região oeste, também apresenta boas expectativas de crescimento para os próximos anos.
Questionada sobre o desejo da população de novos acessos para o bairro, ela disse que a Aconvap acompanha a questão junto à Prefeitura. Segundo ela, ela discutiu o assunto recentemente com o secretário de Mobilidade Urbana, Gláucio Lamarca Rocha.
“A gente acompanha, em especial, porque é de interesse dos nossos associados. […] O problema ali é maior na [Avenida] Lineu de Moura. Não é a ponte em si o maior problema, é a questão de todo esse trânsito chegar na Lineu de Moura, que já tem um trânsito enorme. Então o município deve buscar uma outra saída do Urbanova que não seja pela Lineu de Moura. Não adianta fazer uma ponte, porque depois você vai chegar naquela mesma rotatória, que é o problema de tráfego”, explicou.
Ainda segundo a análise de Maria Rita Singulano, é preciso uma atenção especial com os bairros da região central no sentido de evitar uma possível “deterioração”, o que aconteceu com o São Dimas.
“Um exemplo de um bairro que se perdeu, se deteriorou, é o São Dimas. Falo isso, inclusive, para o poder público. Vai ter que investir lá, para melhorar, para que depois as pessoas invistam. Hoje é um bairro excelente, mas os empresários tem medo de construir lá e não vender. É o que estava acontecendo com o Vila Ema”.
Para a presidente da Aconvap, devido à legislação municipal, o Vila Ema ficou muitos anos sem poder verticalizar, o que afastou os comerciantes e as construtoras.
“Hoje você pode verticalizar, mas só pode fazer 80 unidades. Esse é um problema, os terrenos valorizam e a construção fica mais cara. Hoje tem 9 ou 10 prédios sendo construídos na Vila Ema. Prédios pequenos, que darão outra cara para o bairro, que estava se deteriorando. Os bairros são assim, se você vai deixando, os comércios vão saindo” explicou.
Maria Rita Singulano é engenheira civil e foi eleita presidente da Aconvap em dezembro de 2022, para o biênio 2023/2024. A cerimônia de posse aconteceu em janeiro deste ano.
Até o ano passado, era vice-presidente e 2ª secretária da associação.
Está ligada à Aconvap há dez anos, com participação ativa nos mandatos dos residentes José Renato Fedato e Fabiano Moura.
Diretora executiva da Planejar, ela tem 34 anos de carreira na engenharia e na administração pública.
Foi secretária da área de habitação durante os governos dos ex-prefeitos Eduardo Cury e Emanuel Fernandes, ambos do PSDB.
A Aconvap é uma associação civil, sem fins lucrativos, que atua no Vale do Paraíba, Serra da Mantiqueira, Litoral Norte e Alto Tiête há 42 anos.
Possui mais de 100 associados, patrocinadores e parceiros.
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