Nós da chamada geração Baby boomers, nascidos entre 1945 e 1964, aumentamos a taxa de natalidade mundial no Pós-guerra num ambiente de reconstrução do mundo contrário ao sentimento e cenário que o conflito mundial desencadeou. Essa guerra não foi televisionada dia a dia.
Interessante notarmos quantas gerações somos atualmente convivendo e cada uma com suas características marcadas por contextos históricos diversos.
(Créditos: Arquivo pessoal/Pitiu Bomfin)
Antes denominadas geração do meu avô depois do meus pais, depois a minha e seguindo a dos meus filhos e chegando nos netos.
Os espaçamentos geracionais foram se modificando nessa velocidade maluca que adicionamos ao nosso modelo de vida somados às benéficas perspectivas de longevidade. Dessa maneira somos mais gerações convivendo do que na Idade Média ou no Renascimento, por exemplo.
Nascer num mundo em reconstrução é totalmente diferente de nascer em um mundo que atingiu tantas incertezas e ameaças de extinção. Ameaças global e individual. Passados 79 anos dos primeiros baby boomers o cenário mundial não apresenta o mesmo sentimento coletivo unificado de reconstrução.
Decisões importantes serão tomadas mesmo que a incerteza sobre como lidar com essas novas tecnologias que estão paralisando os tomadores de decisão dentro das empresas entre em conflito com nossas necessidades humanas.
Se esta informação não te agrada, bem-vindes ao século XXI das gerações baby boomers, X, Y, Z e atual Alpha crescendo num ambiente saturado de tecnologia e sem características ainda definidas. Algumas características em comum as denominam geração W – World Wide Web.
A geração X nasceu no início dos anos 60 e final dos anos 70, época do aumento dos divórcios e saída das mulheres para trabalharem fora e acumularem os serviços domésticos de sempre. Suas características principais são a independência; são céticos em relação à autoridade.
Os Y ou millennials, nascidos no inicio dos anos 80 e meados dos 90 é a primeira geração considerada verdadeiramente digital. Prezam pelo equilíbrio entre vida pessoal e trabalho e são muito adaptáveis a mudanças.
De meados dos 90 a meados dos anos 2010 está a geração Z, nativos digitais logo privilegiam a rapidez das informações, têm bastante consciência social e ambiental e valorizam a diversidade.
Se observarmos que os Baby boomers estão caracterizados por valores tradicionais, como trabalho árduo, lealdade à empresa e estabilidade, podemos reconhecer hoje grupos desta geração que não se adaptaram às mudanças realizadas por eles mesmos.
Processo que envolveu camadas geracionais mais jovens que se apropriam dos novos sistemas, principalmente tecnológicos, abrindo uma diversidade de perspectivas, sejam novos sistemas de trabalho, relacionamentos, processos educacionais, pesquisas científicas, inclusão social, legislação etc. Todas os sistemas humanos foram atingidos. As mudanças continuarão acontecendo a galope e as guerras agora são televisionadas.
Podemos questionar essas mudanças que nos assustam criando rejeição e como resposta imprimir um esforço imenso de impedimento e de querer retroceder ou podemos buscar desenvolver capacidades coletivas que se apropriem dessas mudanças.
São tempos de grandes complexidades e os esforços devem ser estratégicos e éticos. Retroceder não é uma opção apesar da colossal tentativa de grupos sábios em utilizar ferramentas que podam o desenvolvimento do pensamento crítico e da diversidade humana.
Quando acendermos a luz do quarto veremos que o monstro não estava embaixo da cama. O monstro se chama fake news e se espalha no ar.
As novas gerações têm em comum a busca por equilíbrio entre vida profissional e pessoal, o que os torna mais corajosos para mudanças e sem lealdade às empresas. Dessa maneira desenvolvem uma percepção cada vez mais ampla sobre os benefícios da diversidade, dos valores coletivos e da consciência ambiental.
Me parece que essa conjuntura geracional tem recursos para enfrentar os desafios do século XXI, afinal suas características demonstram coragem, curiosidade e flexibilidade.
A curiosidade promove a criatividade, inovação e solução de problemas. Diálogo, debate e crítica são as bases da ciência e da filosofia, atividades racionais para avaliar e tomar decisões.
Essas características são parte de um sistema colaborativo que nos ajudou expandir e melhorar nossos sistemas até hoje.
Certamente as posições estratégicas e de lideranças globais estão em porcentagem maior nas mãos dos Baby boomers, que tem valores tradicionais, são trabalhadores árduos, leais à empresas e estabilidade, deles. Podemos incluir uma porcentagem da geração anterior, os Silenciosos, e um tanto da posterior, a X.
Tecnologia, política, cultura e meio ambiente. As duas primeiras precisam se ajustar urgentemente, pois os benefícios da primeira estão sempre ameaçados pelos malefícios da segunda. A regulamentação das mídias caminha a passos lentos. Tecnologias extrapolam em más condutas nunca vistas nesta proporção no meio político. São o alimento de uma cultura reversa e maligna para democracia.
Tragédias anunciadas: as fake news e a degradação sem precedentes do meio ambiente. Estamos roubando recursos do futuro.
Denominado de superciclo por envolver vários sistemas diferentemente dos ciclos tecnológicos anteriores, que foram impulsionados por uma única tecnologia (como a energia ou a internet), este superciclo é impulsionado por três forças simultâneas: Inteligência Artificial, Ecossistemas Conectados das Coisas e Biotecnologia.
“À medida que convergem, esses três segmentos irão redefinir nossa relação com tudo, desde nossos farmacêuticos até nossos animais, desde bancos até nossos próprios corpos”.
https://exame.com/carreira/havera-vencedores-e-derrotados-diz-pesquisadora-amy-webb-sobre-novo-fenomeno-tecnologico/
Nossa extinção não significa a extinção do planeta, a natureza se regenera.
A natureza se regenera – esta é nossa alternativa mais evidente, próxima e possível aqui e agora. Não adianta cortar árvores e “compensar” plantando outras 10 em outro local. O tempo dessas 10 atingirem juntas o beneficio de somente uma adulta não é imediato. Precisamos plantar trilhões de árvores e cortar somente em casos extremos.
As tragédias climáticas chegaram: a recente no Rio do Grande do Sul poderia ter sido em grau muito menor. Talvez alguns privilegiados geograficamente continuarão se beneficiando com as desgraças alheias.
Políticos continuarão alterando a legislação que protege o uso do solo necessário para manter áreas verdes, passagens de córregos, sem sufocar escoamentos de águas, sem desmoronar casas, bairros, cidades?
A intensidade das chuvas já mudou.
Obra do polonês Frans Krajcberg confeccionou a maioria de seus trabalhos com cipós e troncos de árvores destruídas pelo fogo (Créditos: Reprodução)
E como nós da cidade da Tecnologia, da Ciência e da Cultura poderíamos contribuir nesse momento decisivo para superar os desafios óbvios das ameaças climáticas? Nossa perspectiva de arborização no planejamento municipal é pífia diante da ganância pelo uso do solo.
Temos os melhores cientistas especialistas em clima do país, temos institutos de pesquisas produzindo continuamente desde os anos 50 do século passado, falta-nos decisão política para unir nosso melhor corpo de cientistas, pesquisadores e professores. Um posto avançado com autonomia para desenvolver estratégias de ação emergenciais e preventivas a nível municipal e regional.
“No Equador, a floresta Los Cedros continua em pé e sem mineração graças a um poderoso movimento jurídico global cada vez mais influente.
Em 2008, o país se tornou o primeiro do mundo a alterar sua Constituição para estabelecer que a natureza tem os mesmos direitos das pessoas.
A mudança foi promovida pelo movimento indígena equatoriano.
Este conceito questiona a visão ocidental da natureza como “um pano de fundo inanimado, sobre o qual se desenvolvem os dramas da atividade humana”. https://www.bbc.com/portuguese/articles/cj774gyzzkdo
“Seguramente podemos afirmar que o reflorestamento é a solução mais poderosa se quisermos alcançar o limite de 1,5 grau [de aquecimento global]”, afirma à BBC News Brasil o cientista britânico e ecólogo Thomas Crowther.
Isso significaria plantar 1,2 trilhão de novas mudas, um número quatro vezes maior do que a totalidade de árvores que vivem na floresta amazônica. Calcula-se que existam no planeta hoje cerca de 3 trilhões de árvores.
https://www.ibflorestas.org.br/conteudo/arvores-plantadas
Plantar mais, cortar menos.
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