Ontem à noite, tive uma ideia genial para escrever um texto comum, como são sempre os textos comuns provenientes de uma ideia genial. Não acordei direto, não fiz nenhuma anotação. A ideia genial foi para o brejo e o texto não se fez. Claro.
Hoje pela manhã, busquei o texto em todos os cantos da minha memória. Para cima para baixo, para os lados, para dentro e para fora; nada de achar a ideia genial.
É sempre assim. Se você tem um sonho e acha que vai lembrar dele durante o café da manhã, esqueça. Se você não o anotou logo após ter acordado, perdeu de exibido!
Já está mais do que comprovado que os sonhos ocorrem um pouco antes do despertar e se você se lembra dele e dorme de novo ele vai se apagar.
Hoje pela manhã não existia na minha memória nenhum resquício de texto. Arre!
Eu posso falar sobre a volta depois de uma semana de férias no Peru; posso falar sobre o evento de Gastronomia no Parque Vicentina Aranha; sobre a vontade de conhecer os colegas colunistas da spriomais (que só conheço virtualmente). Posso também falar sobre passear com os cachorros na Via Oeste, ou da maravilha do pôr do sol da minha janela, que deve ser, também, a maravilha da vista que todo mundo tem ao admirar o ocaso outonal.
Eu poderia escrever tantas coisas se tivesse comigo o tema adequado. Poderia falar sobre o amor adolescente dos jovens que trocam anéis de compromisso; poderia falar também dos contratos de namoro, como os feitos por Hendrick, que incluem cláusulas com obrigação de dizer “eu te amo”.
Poderia falar sobre amizades preservadas, amores conquistados, permanecidos ou desfeitos; e todos os pensamentos imperfeitos que acontecem desde o instante entre pegar o saca-rolhas e a delicadeza de contemplar o conteúdo no cristal, com o cabernet sauvignon, merlot ou borgonhe (que lhe saiba melhor ao gosto).
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Eu poderia escrever sobre as montanhas azuis que recebem tantos amantes e tantas felicidades quantos são os infelizes que vão buscar, em ares rarefeitos, uma compensação para as dores das almas.
Eu poderia escrever um texto cheio de rimas e cheio de cores, como são os textos Instagramáveis. Eu poderia escrever uma carta de amor que seria ridícula, como são todas as cartas de amor. Eu poderia (posso, mas não vou) escrever que sinto muita falta de quem me faz muita falta.
Nesse mês que se inicia tão lindo, quase inverno, o Mês dos Namorados tenho toda saudade do mundo, de um mundo que não é mais meu, de um mundo que pertence aos jovens, aos enamorados, àqueles que tem uma vida pela frente de felicidade e, principalmente, que têm fome de vida.
Eu poderia ter escrito tudo isso, mas perdi o texto nos devaneios matinais.
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